sábado, 14 de janeiro de 2012

EX-SECRETÁRIO ACUSA BETO RICHA DE ATRASO NA ENGORDA DE MATINHOS:


Wilson Lipski acusa Beto Richa de atraso na engorda.
O ex-secretário de Desenvolvimento Urbano do Paraná Wilson Bley Lipski considera que as obras de engorda das praias de Matinhos só devem começar em 2014. A demora poderia ser evitada, se o governo atual não voltasse “a estaca zero”. Faltou “visão de estadista” para Beto Richa, comenta. 


O ex-secretário conta que o ex-governador Orlando Pessuti teve o cuidado de deixar tudo pronto para que o novo governo e que o projeto encomendado pelo governo anterior poderia ser aproveitado. “Caberia, quanto muito, um ou outro ajuste”, diz. 


Wilson Lipski foi diretor-geral da Sedu entre 2003 e abril de 2010 e acompanhou todos os estudos feitos para a obra. Em abril de 2010, com a posse de Orlando Pessuti, assumiu o cargo de secretário.


Lipski destaca que o governo atual anunciou a abertura da licitação do projeto de engenharia da obra para o final de janeiro e que a empresa vencedora terá seis meses para apresentá-lo. “De forma otimista, é possível afirmar que este novo edital será lançado no início de 2013, e que os trabalhos da engorda poderão começar no segundo semestre do ano seguinte, quando o atual governo completar dois anos e meio de mandato”, analisa. “Esta demora toda poderia ter sido evitada, mas o atual governo resolveu voltar praticamente à estaca zero”, diz. 


“O governo Pessuti deixou tudo pronto para a efetiva licitação das obras – faltava apenas o parecer da Marinha sobre o empreendimento. Caberia, quanto muito, um ou outro ajuste no projeto. Era de se esperar, numa visão estadista, segundo a qual as grandes obras não têm autoria ou assinatura, a continuidade natural dos trabalhos. Mas tal não ocorreu”.
Engorda da praia de Matinhos demora demais para sair do papel.

Lipski faz um relato sobre os projetos de engorda da praia nos últimos anos:


A proposta inicial de engorda das praias de Matinhos foi apresentada pelo secretário Forte Netto em 2008. Na época, a solução viria por meio da dragagem do Canal da Galheta, com o aproveitamento (e transporte) da areia. A proposta não evoluiu e um novo projeto previa utilização das jazidas de alguns bancos de areia da costa.


Em seguida, foram elaborados os estudos e relatório de impacto ambiental (EIA/Rima), que foi submetido a um audiência pública realizada no mês de junho de 2010, em Matinhos.


A Secretaria de Desenvimento Urbano (Sedu) e o Paranacidade viabilizaram os recursos financeiros para a obra, em torno de R$ 22 milhões. O Ministério da Integração Nacional assegurou a importância de R$ 10 milhões. 


O Governo do Estado garantiu, com verba da renda líquida do Fundo de Desenvolvimento Urbano (FDU), a complementação.


Quando assumiu o governo, Pessuti determinou que os trabalhos continuassem, dando ao projeto da engorda a “condição de ação prioritária”. 


O secretário Wilson Lipski instituiu comissão especial no Paranacidade para acelerar os serviços. De imediato foi obtido o licenciamento ambiental no Instituto Ambiental do Paraná (IAP), que exigiu o cumprimento de algumas condições, como pareceres dos conselhos do Patrimônio Histórico e Artístico (Cepha) e do Desenvolvimento Territorial do Litoral Paranaense (Colit), de outros órgãos. 


Na Marinha, a obra chegou a ser aprovada na Capitania dos Portos de Paranaguá e no 5º Distrito Naval, em Porto Alegre (RS). Faltava a última instância, a Diretoria de Portos e Costas da Marinha, com sede no Rio de Janeiro.  

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